Cinema

Tenho saudades dos cinemas de antigamente. Ainda sou do tempo, quando comecei a frequentar cinemas, em que alguém nos conduzia ao nosso lugar, com a ajuda de uma lanterna e educação. Nada do que acontece hoje em dia nos cinemas ditos modernos em que reina a lei do faroeste, com as pessoas a sentarem-se onde querem, a trocarem de lugar quando o filme já iniciou ou simplesmente a andarem perdidas pelo meio da sala a tentar descortinar a fila e o número do respectivo lugar.

Já para não falar nos jovens teenagers inconscientes que resolvem passar a tarde a conversar numa qualquer sala de cinema durante todo o filme. No meu tempo de adolescente, por exemplo na velhinha sala de cinema do Shopping Town, sempre que existia uma qualquer sussurro numa das filas, lá vinha o senhor da lanterna pedir silêncio de forma discreta e tentar que nada conseguisse perturbar o visionamento do filme. E sim, algumas vezes fui visado. Mas sempre achei que o papel daquele senhor era importante. Fazia de uma ida ao cinema um acto mais nobre. À semelhança de uma ida ao teatro.

Isto só prova que o mais moderno nem sempre é melhor. E regras e bons costumes ficam sempre bem. Nunca é de mais mantê-los por muito que os tempos avancem.

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