Estado Civil

"Podemos criticar, satirizar e atacar todas as ideias e convicções, incluindo as religiosas. É isso que define a liberdade. Quem se sente ofendido protesta, responde, escreve cartas, faz petições, organiza boicotes, exprime o seu desagrado por meios pacíficos. Contesta as opiniões, não contesta a liberdade de expressão.

As convicções e as leis de uma comunidade religiosa só vinculam os crentes dessa religião. Eu tenho direito a representar Maomé, a comer carne de porco, a trabalhar ao sábado e o mais que me apetecer. Assim como um muçulmano ou um judeu ou um ateu têm direito a não ligar nenhuma aos meus costumes e crenças e usos católicos.

Numa democracia, as pessoas não têm o direito de protestar com actos de violência. E o conceito de actos de violência inclui apelos directos ao homicídio (como os que ouvimos na boca de alguns muçulmanos ingleses).".

Este é um excerto do último post do Pedro Mexia no seu Blog. Eu assino por baixo. Para quem não sabe, Pedro Mexia é um poeta, crítico literário e blogger. Tem uma coluna diária de crítica cultural no Diário de Notícias e uma coluna semanal na revista Grande Reportagem. Escusado será dizer que gosto particularmente daquilo que ele escreve. Para os interessados aqui fica o Blog do Pedro Mexia: Estado Civil.

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