Match Point

“O homem que disse ‘Preferia ter sorte do que ser bom’ (‘I´d rather be lucky than good’) examinou profundamente a vida. As pessoas têm dificuldade em lidar com o facto de grande parte das suas vidas depender da sorte. É assustador pensar nas coisas que estão fora do nosso controlo. Em certos momentos de um jogo quando a bola bate no topo da rede e numa fracção de segundo ela pode prosseguir ou cair. Com um pouco de sorte, a bola avança e tu ganhas…ou talvez não e tu perdes.”. É desta forma que começa o novo filme de Woody Allen.

Chris Wilton (Jonathan Rhys Meyers), um ex-jogador profissional de ténis, dedica-se a dar aulas de ténis num clube em Londres. Conhece Tom Hewett (Matthew Goode) e rapidamente se tornam grandes amigos. Chloe (Emily Mortimer), irmã de Tom, apaixona-se por Chris e casa com ele. O problema é a atracção que Chris sente por Nola (Scarlett Johansson), a belíssima noiva do seu amigo Tom. A atracção rapidamente se torna em obsessão. O passo seguinte é o grande dilema entre o dinheiro e o amor. Uma história igual a muitas outras, mas apresentada de forma sublime por Woody Allen. O filme é de uma beleza extraordinária. E não estou só a referir-me a Scarlett Johansson (esta mulher é um espanto!).

Não estava muito inclinado para ver este filme porque não sou grande fã do realizador. No entanto, vi e gostei muito. É um daqueles filmes que nos deixa a pensar durante semanas. Remete-nos para o papel da sorte nas nossas vidas e para as consequências da nossa ambição.

“No matter how good life seems… There is always one thing you can never have. Between love and lust. Between all or nothing. Between guilt and innocence. There is a point of no return…”

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