Ser...outra coisa qualquer

Muitas pessoas não compreendem bem o trabalho de um jornalista. Olham-nos de alto a baixo e torcem, invariavelmente, o nariz. Tentam medir-nos só com o olhar e perceber o que é que poderá sair dali. Nada, pensam muitos. Outros acham que os jornalistas são a origem de todos os males do mundo. Se corre bem, é porque nos limitamos a fazer o nosso trabalho. Quando corre mal, o culpado é sempre fácil de encontrar: "é essa cambada de incompetentes!".

Regra geral, os jornalistas não querem protagonismo. Não são parte da acção. São intermediários entre a origem da informação e o seu destino final. Tratamos a informação, não a inventamos. Não colocamos palavras na boca das pessoas, nem influenciamos decisões de qualquer espécie. Poucas pessoas têm consciência de que o jornalismo está para o bem e para o mal, não para fazer favores, mas antes ser o retrato mais fiel da realidade dos factos/acontecimentos.

Mas é claro que os jornalistas têm sentimentos, opiniões, preferências, paixões, desejos, anseios, expectativas...basicamente somos de carne e osso. Susceptíveis ao erro, a falhar nesta ou naquela situação. A margem é constantemente reduzida. Poucos, muito poucos, sabem entender o trabalho de um jornalista.

Por estas e por outras é que tantas e tantas vezes dá vontade de ser...outra coisa qualquer.

Comentários

Unknown disse…
Eu quero ser deputado na Assembleia da República! :)

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