Nós, os portugueses
Já escrevi isto uma data de vezes, mas nunca considero ser de mais fazê-lo. Nós, os portugueses, temos o péssimo hábito de gostar de ver sangue. Dá-nos uma pontinha de satisfação ver os outros na lama a clamar por ajuda. E quanto mais de rasto estiverem, tanto melhor para calcar e recalcar. Há um prazer, raramente admitido, pelo fracasso do outro e por vê-lo na pior situação possível. Isso faz-nos sorrir e brincar com o infortúnio alheio. Nas situações mais difíceis gostamos de estar por perto para apontar o dedo, opinar e deixar palpites jocosos.
O contrário raramente acontece. Quando conseguimos uma qualquer vitória ou conquistamos o que quer que seja, certamente que não teremos ninguém, ou muito pouca gente, para nos dar os parabéns e as respectivas palmadinhas nas costas. Alguém para reconhecer o nosso valor e dizer duas ou três palavras de gratidão. Não esperem receber muitas vezes os louros do triunfo. Preparem-se é para aguentar as tormentas nos momentos maus. Nós, os portugueses, somos assim.
O contrário raramente acontece. Quando conseguimos uma qualquer vitória ou conquistamos o que quer que seja, certamente que não teremos ninguém, ou muito pouca gente, para nos dar os parabéns e as respectivas palmadinhas nas costas. Alguém para reconhecer o nosso valor e dizer duas ou três palavras de gratidão. Não esperem receber muitas vezes os louros do triunfo. Preparem-se é para aguentar as tormentas nos momentos maus. Nós, os portugueses, somos assim.
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