À primeira

Nem todos conseguem atingir os seus desejos à primeira. E isso até pode ser bom. Embora difícil na parte em que todos falam como se fosse algo fácil, mas enriquecedor porque nos dá uma outra perspectiva das situações. E deixaremos em muitos casos de julgar as pessoas a destempo ou de achar que algo é tremendamente natural, básico, tão normal como um simples piscar de olhos. O que para muitos de nós é um simples movimento dos dedos, para outros é uma tarefa jamais concretizável.

O certo também é que não estamos habituados a viver ou a pensar nos problemas dos outros. Nos seus medos, nos seus receios, na inconstância dos momentos, na dificuldade que por vezes parece ridícula. E é quando passamos para o outro lado, ocupamos o outro lugar que aprendemos realmente a viver. A dar valor, a perceber, a ter mais cuidado com as palavras e a deixar o "desta água não beberei" para a cautela que se aconselha.

Na verdade crescemos nas dificuldades. Damos valor, conseguimos ser mais comedidos e maduros. Olhamos de uma outra forma para os outros. Porque os outros também somos nós. E devemos aprender. Essencialmente sermos humildes o suficiente para não desistirmos e sabermos que um dia estamos no topo, no outro no fundo do poço. Mais tarde ou mais cedo, da maneira mais fácil ou mais sinuosa, aprenderemos à custa daquilo que a vida nos traz.

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