O caderno amarelo

Quando frequentava o Externato Delfim Ferreira, tomei uma das decisões acertadas da minha vida. No 9º ano decidi arranjar um caderno, neste caso amarelo, para passar pelos amigos da turma para que me escrevessem umas linhas. Como era uma altura de separação, em que começavamos a seguir caminhos distintos, arranjei esta forma de ter algo palpável sobre eles.

E prossegui com este saudável hábito no Ensino Secundário e só fechei o ciclo na Universidade. Resultado: neste momento tenho em minha posse um caderno amarelo que é um livro de histórias sobre uma fase da minha vida. E nos momentos mais delicados, pego nele, folheio-o e recordo o passado. Aqui fica um exemplo de uma "dedicatória"...

«Ao contrário do que toda a gente faz, não vou dizer o que mais ou menos gosto em ti e na tua personalidade. Por isso, vou antes dizer que estes três últimos anos que podemos "conviver" juntos não foram os mais famosos e divertidos. Contudo, acho que foram, sobretudo, produtivos e delirantes.
Apesar de não sermos muito "comunicativos" um com o outro, penso que o teu inteligente e divertido sentido de humor, juntamente com o teu simpático sorriso atenuaram essa situação. Queria, por fim, desejar-te os melhores votos de beaucoup de felicidades e que a tua vida profissional e afectiva te sorria tanto ou mais do que te tem sorrido.
Pelo menos que te sorria com um sorriso tão bonito e simpático como o teu é...

E.S.»

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