Sussurro
Na escuridão da sala, o saxofone grita de forma convincente e o contrabaixo liberta notas melodiosas. O piano segue a toada sem desafinar, acompanhado pela excentricidade serena da bateria. Mesmo com todas as notas à solta, a tranquilidade permanece inalterável e viajamos para onde quer que aquela música nos leve.
Os nossos braços entrelaçam-se e encostas a cabeça ao meu ombro. Sinto o conforto daquela proximidade, lembrando todos os dias que temos partilhado. Nem sempre bons, mas caprichosos ao ponto de jamais serem esquecidos. Há coisas que a vida nos dá que mais ninguém nos consegue tirar.
Adormecemos os dois naquele instante. Sem hora ou data marcada para acordar. Levantas a cabeça, aproximas os teus lábios do meu ouvido e sussurras: “Imagina que estamos na proa de um barco em alto mar. Tenho um vestido esvoaçante, de tom tropical, e tu seguras-me com os teus braços à volta da minha cintura”.
Fecho os olhos e imagino a viagem no tempo. “Está a tocar esta música e somos felizes”, terminas, num tom calmo e melodioso. Voltas a encostar a cabeça ao meu ombro, ainda que a música não pare de tocar na minha cabeça e continuando parado naquele momento na proa do barco.
Sinto o vento de frente a bater-me na cara. Está frio, escuro e estamos algures perdidos no meio do oceano. Os nossos corpos são um só, trocando o calor que nos mantém quentes. Aí, retribuo-te o sussurro ao ouvido.
Os nossos braços entrelaçam-se e encostas a cabeça ao meu ombro. Sinto o conforto daquela proximidade, lembrando todos os dias que temos partilhado. Nem sempre bons, mas caprichosos ao ponto de jamais serem esquecidos. Há coisas que a vida nos dá que mais ninguém nos consegue tirar.
Adormecemos os dois naquele instante. Sem hora ou data marcada para acordar. Levantas a cabeça, aproximas os teus lábios do meu ouvido e sussurras: “Imagina que estamos na proa de um barco em alto mar. Tenho um vestido esvoaçante, de tom tropical, e tu seguras-me com os teus braços à volta da minha cintura”.
Fecho os olhos e imagino a viagem no tempo. “Está a tocar esta música e somos felizes”, terminas, num tom calmo e melodioso. Voltas a encostar a cabeça ao meu ombro, ainda que a música não pare de tocar na minha cabeça e continuando parado naquele momento na proa do barco.
Sinto o vento de frente a bater-me na cara. Está frio, escuro e estamos algures perdidos no meio do oceano. Os nossos corpos são um só, trocando o calor que nos mantém quentes. Aí, retribuo-te o sussurro ao ouvido.
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