No escuro
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Aquele quarto já teve vida. E tudo o que nele viveu agora está morto. Sobrevive apenas na memória, nas recordações das aventuras e desventuras passadas. Morremos os dois no dia em que a luz do quarto se apagou uma última vez. Sempre foi assim. Sem luz ao fundo do túnel.
Agora jamais esquecerei a lição. Por mais vezes que acenda as luzes, por mais vezes que deixe os raios de sol entrarem pela janela do quarto, por muito que procure recriar os dias passados naquele espaço. Sei que nada voltará a ser como dantes. Adormecemos numa noite e não voltamos a acordar. Vivo com os remorsos de tudo o que perdi na passagem. Vivo com as nuvens a pairar sobre a cabeça. Vivo, mas não é a mesma coisa…
As palavras são fingidas, mas a mensagem é esta.
Comentários
Gostei.