Mário Crespo em entrevista
Li com atenção a última entrevista de Mário Crespo e achei fenomenal. Primeiro porque é um jornalista com uma bagagem enorme e sem meias palavras. Depois, consegue ter uma visão clara sobre o que é a profissão de jornalista, retirando ensinamentos de tudo aquilo que foi passando na sua vida profissional.
Entre muitas outras coisas que respondeu, duas delas gostava de destacar aqui. Quando questionado sobre se consegue separar o jornalista do livre pensador, respondeu assim: "A crónica é sempre uma caricatura de uma situação, uma visão pessoal, mas acho que o jornalista tem que ter opinião. Eu tomo partidos, eu tenho opinião".
Numa outra resposta, disse: "A libertação do Mandela foi como a eleição do Obama, um momento de viragem histórica, em que se sente um formigueiro incrível por estar a testemunhar algo que não é banal, mas, simultaneamente, e eu sou muito afectado por isso, uma angústia muito pesada porque é irrepetível. Vais falar, filmas, vais descrever, chegas à Redacção e nunca mais vai acontecer". Os jornalistas acabam por presenciar o momento, mas nunca na sua plenitude porque estão a trabalhar, acrescento eu.
Para acabar esta minha referência ao jornalista que quer acabar a carreira com um trabalho de reportagem que o complete "intelectual e espiritualmente", deixo-vos com uma das entrevistas mais hilariantes que o vi fazer, no caso, a Valentim Loureiro.
Entre muitas outras coisas que respondeu, duas delas gostava de destacar aqui. Quando questionado sobre se consegue separar o jornalista do livre pensador, respondeu assim: "A crónica é sempre uma caricatura de uma situação, uma visão pessoal, mas acho que o jornalista tem que ter opinião. Eu tomo partidos, eu tenho opinião".
Numa outra resposta, disse: "A libertação do Mandela foi como a eleição do Obama, um momento de viragem histórica, em que se sente um formigueiro incrível por estar a testemunhar algo que não é banal, mas, simultaneamente, e eu sou muito afectado por isso, uma angústia muito pesada porque é irrepetível. Vais falar, filmas, vais descrever, chegas à Redacção e nunca mais vai acontecer". Os jornalistas acabam por presenciar o momento, mas nunca na sua plenitude porque estão a trabalhar, acrescento eu.
Para acabar esta minha referência ao jornalista que quer acabar a carreira com um trabalho de reportagem que o complete "intelectual e espiritualmente", deixo-vos com uma das entrevistas mais hilariantes que o vi fazer, no caso, a Valentim Loureiro.
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