Demissões

Demissão é sempre o que se segue quando tudo se complica. E muitas vezes, a demissão não é a melhor saída para posteriormente se encontrar a solução definitiva. É a saída mais fácil, como que sacudir a água do capote. Assim como também é mais imediato pedir a demissão de alguém do que se oferecerem para ajudarem a resolver o problema. Regra geral: está mal, há que demitir.

Veja-se o caso do Sporting. Sem falar nos inúmeros treinadores que não servem e que já passaram por Alvalade, esta época demitiram Domingos, Sá Pinto e Vercauteren está apenas por um fio. Saiu Carlos Freitas, Luís Duque e deixou de existir projecto desportivo, se é que algum dia existiu um. Entrou Jesualdo Ferreira para manager e manteve-se (até ver) o presidente Godinho Lopes. No exterior continua a existir muito ruído, muitas opiniões e sobretudo muitos pedidos de demissão. Todos pedem cabeças e que alguém se demita, quando algo corre mal. Não seria mais proveitoso ajudar na procura de soluções? Criticar é mais fácil do que arregaçar as mangas e trabalhar para o bem comum.

Para além disso é necessário dar tempo às pessoas. Deixar que façam o seu trabalho sem pressões e garantir que têm as condições mínimas para tirarem o máximo partido dos seus conhecimentos, da sua experiência e sobretudo para que consigam o máximo rendimento daqueles que comandam ou gerem. E depois é preciso gerir as situações internamente e pela própria cabeça. De fora para dentro e com as cabeças dos outros, tudo se complica ainda mais.

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