Aprendizagem

Provavelmente irei escrever aqui só para mim, nos próximos tempos. O grande interregno na escrita aqui no blogue fez com que as pessoas desistissem de mim. É normal, as ausências tendem a aumentar a distância entre as pessoas. Como se fosse criado um espaço entre alguém que depois vai aumentando como consequência das pessoas não se encontrarem em determinado espaço físico ou virtual.

Não me importo de escrever só para mim. Antes achava que o bom da escrita era ser partilhada com alguém. Nem que fosse apenas uma pessoa, para além do próprio escritor. Já iria valer a pena ter conseguido chegar. Agora, acho que mais importante do que partilhar e chegar às pessoas é eternizar pelas palavras. Enquanto cá estou, tenho a possibilidade de ir deixando pequenos pedacinhos meus por cá. Algum do meu sentimento, algumas das minhas ideias, desabafos, aprendizagens. Se não for agora, um dia alguém poderá ler e saber que eu existi. E tinha alguma coisa a dizer. No caso, a escrever.

E se chegar ao maior número de leitores possível era o que tanto desejava, hoje gosto muito também de escrever para uma única pessoa. Escrever para alguém, em exclusivo, é para mim a visão suprema do romantismo. Guardar aquelas palavras específicas, cruzadas e misturadas, para aquele alguém especial, é como atingir o auge da realização escrita. Para mim é. Encontrar essa espécie de musa no pedestal. E todas as palavras serem dela para todo o sempre.

A conclusão é que a vida nos traz aprendizagens. Aprendemos com as pessoas e as circunstâncias da vida. O que pensamos lá atrás é definitivamente moldável através das nossas vivências. Aprender com quem nos quer bem. Mesmo que por vezes se fique a escrever sozinho.

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